quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quanto vale o voto da ENFERMAGEM?

Caros amigos e amigas profissionais de enfermagem,

Segundo dados do Cofen do mês de junho de 2014, existem 2.289.476 (dois milhões, duzentos e oitenta e nove mil e quatrocentos e senta e seis) profissionais de enfermagem no Brasil. Ainda, a cada ano, mais de 110.000 (cento e dez mil) novos profissionais de enfermagem são inscritos no Sistema Cofen/Conselhos Regionais. Caminhamos rapidamente para ser a maior categoria profissional do Brasil. No entanto, estes números impressionantes tem servido de discurso para os tubarões do setor privado e filantrópico da saúde, prefeitos e Ministério da Saúde, barrarem a votação do PL 2295/2000 (30h). 

Outras categorias profissionais como assistentes sociais e mais recentemente psicólogos, que tiveram a jornada de trabalho aprovada na Câmara dos Deputados (CCJ) no último dia 15 de julho, não foram vítimas deste lobby do setor privado e filantrópico, representantes do poderio econômico e da lógica perversa do setor privado na área da saúde, representando um ínfimo impacto financeiro para este segmento, motivo pelo qual não tiveram dificuldade em aprovar tal projeto. Este nosso tamanho grandioso tão propagandeado tem sido usado contra nós.


Paralelamente, apesar de todo este tamanho, continuamos sendo uma profissão pouco politizada. Falta-nos a eleição de parlamentares entre os nossos, comprometidos com a causa da enfermagem e com a causa da saúde. Está na hora de acordarmos. Lembrar que nem tudo se resolve pela boa técnica, apesar dela ser extremamente necessária. Trilharmos nos caminhos da política é darmos passos mais a frente. Só uma categoria organizada é capaz de dar estes passos. Podermos influenciar nas grandes decisões das políticas de saúde e do País e alcançarmos o tão almejado reconhecimento social.
Mais uma eleição está chegando. Precisamos cerrar fileiras para elegermos o maior número de profissionais de enfermagem possível para o parlamento Estadual e Federal e também para o Poder Executivo.

Reforçarmos o papel das nossas organizações classistas e inclusive promovermos as mudanças necessárias nas mesmas, porém sem expor tais organizações ao ridículo, porque desta forma perde toda a profissão. Organizações fracas não serve aos interesses da profissão e dos profissionais. Para fortalecermos, é preciso a crítica construtiva e não destrutiva. A defesa e a participação de todas e todos. O bom combate.

A luta das 30 horas pra enfermagem não está perdida. Temos que ter fé e lutar incansavelmente, porque direitos não se ganha, se conquista. Esta é uma boa luta. Como tantas outras de igual importância. Então vamos a luta por uma profissão melhor. O futuro nos pertence.

Ousar Lutar, Ousar Vencer.

Saudações Profissionais.

Manoel Carlos Neri da Silva 
Ex-Presidente do Cofen - 2007-2012

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