segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cofen lança campanha contra formação de Enfermagem por EaD

12/02/2016

"A Enfermagem exige habilidade teórico-práticas que não podem ser desenvolvidas sem o contato direto com o ser humano", afirma presidente


O Cofen lança neste mês de fevereiro campanha publicitária de combate à formação de profissionais de Enfermagem pelo ensino a distância. A campanha será veiculada em revista nacionais (Época e Carta Capital), de bordo (GOl, TAM, Avianca e Magazine Azul) e segmentadas (Nursing), além de portais e redes sociais, ressaltando a importância do contato com os pacientes, que deve permear a formação profissional.
“A Enfermagem exige habilidade teórico-práticas que não podem ser desenvolvidas sem o contato direto com o ser humano”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri. “Estão formando profissionais precários em um mercado saturado. É preciso questionar a quem interessa essa formação”.
Desde 2011, todos os conselhos profissionais têm posição contrária à formação por EaD na área de Saúde. O Cofen propôs o Projeto de Lei 2891/2015, que proíbe a graduação de enfermeiros e formação de técnicos ma modalidade EaD. Apresentado pelo deputado Orlando Silva (PC do B – SP), o projeto já recebeu parecer favorável da comissão de educação.
A situação do ensino à distância de Enfermagem no Brasil é estarrecedora. A operação EaD, realizada pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais, com visita in loco a 315 polos de apoio presencial dos cursos, constatou a ausência de infraestrutura e condições de ensino. Sem laboratórios, biblioteca ou condições mínimas de apoio, a maioria dos polos e não oferecem sequer condições para a prática de estágio supervisionado. São mais de 35 mil vagas oferecidas por Instituições de Ensino Superior; mais de 90% estão ociosas por falta de interessados.
 Fonte: Ascom - Cofen

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

FNE fará parte de comissão do MEC que discutirá a revisão da Diretrizes Curriculares da Enfermagem

Matéria EAD
Em 2015, a presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, esteve reunida no Ministério da Educação e Cultura (MEC) para debater a questão dos cursos de graduação de Enfermagem e o modelo de Educação À Distância (EAD).

Uma carta com argumentos sobre os prejuízos do EAD na Enfermagem e a importância de discutir as diretrizes curriculares da graduação nessa área diante da quantidade de Instituições de Ensino Superior (IES) que oferecem o curso também foi protocolada.
No último dia 28, os membros do Conselho Nacional de Educação definiram a constituição de uma Comissão que debaterá e deliberará sobre este assunto, e a FNE será uma das instituições que comporá este grupo e sem dúvida irá defender os interesses da categoria e da sociedade que é assistida por estes profissionais.
“Já podemos considerar uma vitória, pois o MEC abrir essa discussão não só para as questões do EAD, mas de toda a grade de ensino na Enfermagem é um passo importante. Atualmente, vivemos muitas situações na assistência que são consequências da má formação do profissional”, comentou Solange Caetano.
O início das atividades será divulgado de forma pública e ampla a toda a sociedade.
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Cofen discute com mantenedora de Educação a Distância

27/01/2016


“Somos contrários à formação de enfermeiros por EaD, mas queremos debater o grave quadro encontrado”, afirmou presidente Manoel Neri

“Como cuidar sem se relacionar, desde a formação, com o paciente?”, questionou a vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira
“Como cuidar sem se relacionar, desde a formação, com o paciente?”, questionou a vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira
O Conselho Federal de Enfermagem recebeu em audiência, nesta terça-feira (26/01), a Kroton, mantenedora da Anhanguera e da UnoPar, instituições de ensino superior que, juntas, estão autorizadas pelo Ministério da Educação a oferecerem mais de 20 mil vagas graduação em Enfermagem por Educação a Distância (EaD).
O presidente do Cofen, Manoel Neri, reafirmou a posição institucional, acompanhada pelos 27 Conselhos Regionais de Enfermagem, que destaca a importância do contato presencial para a formação humanística e teórico-prática dos futuros profissionais.  “Somos contrários à formação de enfermeiros por EaD, mas estamos abertos a colaborar para melhorar o grave quandro encontrado”, afirmou o presidente
“Como cuidar sem se relacionar, desde a formação, com o paciente?”, questionou a vice-presidente do Cofen, Irene Ferreira, que participou da reunião, juntamente com a conselheira federal Dorisdaia Humerez, a coordenadora da Câmara Técnica de Educação e Pesquisa (CTEP) Valdelize Pinheiro e assessores.
Operação EaD – Condições precárias na oferta de cursos, sem laboratórios, biblioteca ou campo de estágio foram constadas na operação EaD realizada pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais em 315 polos presenciais dos cursos a distância, destacou o presidente do Cofen. Neri encaminhou relatório ao MPF e os Ministérios da Saúde e da Educação para providências cabíveis.
“Nosso trabalho de reformulação dos cursos também é resultado da operação EaD. Buscamos minimizar ou resolver os problemas apontados pelo Cofen”, afirmou o pró-reitor de extensão Mário Jungbeck, ao apresentar a matriz curricular do curso EaD.
Jugenbeck disse ainda que a instituição vai reavaliar alguns pontos apontados na reunião com o Cofen, como a ausência do contato com paciente, que é crucial para algumas disciplinas. “A carga prática de Saúde Mental não pode ser cumprida em laboratório. Boneco não apresenta comportamento mental alterado”, afirmou Valdelize Pinheiro, que leciona a disciplina na Universidade Federal do Amazonas. “Se o meu aluno terminar minha disciplina com medo do paciente psiquiátrico, não terá valido nada”.
Saturação e vagas ociosas – A oferta desenfreada de cursos foi outro ponto criticado pelo Cofen. Atualmente, mais de 90% das vagas ofertadas por EaD estão ociosas, por falta de demanda, mas a formação adicional de dezenas de milhares de profissionais teria forte impacto no mercado de trabalho, que já mostra indício de saturação, inclusive desemprego aberto.
“A formação, seja em qual for a modalidade de ensino, é um ponto crítico para o Cofen. Como conselho profissional, somos responsáveis por fiscalizar o exercício da Enfermagem, e é na prática que as lacunas na formação se revelam”, ressaltou Irene Ferreira. “Somos contrários à formação em Enfermagem por EaD, mas esta é uma realidade, já autorizada pelo MEC. É salutar que a Kroton tenha buscado este diálogo”, concluiu Manoel Neri.
 Fonte: Ascom - Cofen