segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Conaten discute Perfil dos Técnicos e Auxiliares da Enfermagem

27/11/2015


Quase 80% desejam ter uma maior formação. E estão conseguindo: 22,8% curso o ensino superior e 11,5% já concluíram a graduação.

Coordenadora nacional doo Perfil da Enfermagem apresentou dados, discutidos pelo Coren-BA e Anaten-BA
Coordenadora nacional do Perfil da Enfermagem apresentou dados, discutidos pelo Coren-BA e Anaten-BA
Mulheres jovens, negras, super qualificadas, mal remuneradas e sob forte desgaste profissional. É este o perfil do dos profissionais de Enfermagem de nível médio, apresentado neste sexta-feira (27/11), no IV Conaten, em Salvador. A coordenadora nacional da pesquisa Perfil da Enfermagem (Cofen/Fiocruz) discutiu o diagnóstico revelado no estudo, em mesa com participação da presidente do Coren-BA, Maria Luísa Almeida, e do diretor da Anaten-BA, Wellington Lage, com mediação de Tonny Costa, presidente da Anaten Nacional.
84% dos profissionais de Enfermagem de nível médio são mulheres, 58% delas negras. A maioria não se sente respeitada pela população usuária dos serviços de Saúde. A violência no trabalho, seja psicológica, verbal ou até física faz parte do cotidiano de 20% dos profissionais.
Quase 80% desejam ter uma maior formação. E estão conseguindo: 22,8% cursam o ensino superior e 11,5% já concluíram a graduação. Um em cada três enfermeiros é técnico de Enfermagem. “Esta qualificação nem sempre se reflete em melhoria de salário”, afirmou Maria Helena, lembrando que a constituição proíbe a ascensão funcional. Ampla maioria dos profissionais tem renda total de até 2 mil reais; e um quarto recebe remuneração de até mil reais, classificada como “subsalário” pela pesquisa.
“O grande anseio dos profissionais é saber o que estamos fazendo com estes dados. O subdimensionamento profissional está diretamente associado a esta situação de desgates e nosso papel, como conselho regional, é combatê-lo”, afirmou a presidente do Coren-BA, Maria Luísa Almeida. Compondo a mesa, o presidente da Anaten-Bahia, Wellington Lage, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo profissionais de nível médio.
Fonte: Cofen

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Lean Healthcare arrebanha mais seguidores para gestão em saúde

12/11/2015 - 11:28


  • Maria Isabel Freitas, diretora da FEnf
  • A enfermeira Isilda Sueli Assunção
  • Primeira mesa-redonda do dia
  • Público durante o Fórum
Maria Isabel Freitas, diretora da FEnf
Maria Isabel Freitas, diretora da FEnf
A enfermeira Isilda Sueli Assunção
A enfermeira Isilda Sueli Assunção
Primeira mesa-redonda do dia
Primeira mesa-redonda do dia
Público durante o Fórum
Público durante o Fórum
No Brasil, para 2050, as estimativas são de uma população brasileira de 259,8 milhões com expectativa de vida ao nascer de 81,3 anos. É neste contexto que os conceitos de Lean Healthcare, uma abordagem de gestão inovadora criada há mais de uma década, e mais recentemente na área de saúde, devem contribuir para melhorias na assistência ao paciente e aos serviços, além de redução do desperdício com saúde no país. A origem desse conceito migrou da indústria automobilística, do Sistema Toyota de Produção, que tem em seu cerne a questão da qualidade, devendo reduzir gastos e agregar mais valor ao cliente.
Foi sobre esse assunto que tratou a primeira mesa-redonda do Fórum Permanente Vida e Saúde, realizada na manhã desta quinta-feira (12) no Centro de Convenções da Unicamp, organizado pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e pela Faculdade de Enfermagem (FEnf), sendo promovido pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU).
Flávio Battaglia, representante do Lean Institute Brasil (entidade brasileira sem fins lucrativos), introduziu o conhecimento acerca de Lean Healthcare como uma abordagem de gestão inovadora na enfermagem e na saúde no Brasil. Em sua opinião, essa introdução poderá somar inúmeros benefícios à saúde de instituições públicas e privadas. A possibilidade de economizar recursos e liberar capacidade operacional é imensa. “Já temos diversas iniciativas de aplicação do Sistema Lean na gestão da saúde. Foi um sistema que revolucionou a indústria automotiva mundial e vem sendo copiado por empresas de todos os tamanhos e segmentos."
Ele comentou que o Lean Healthcare traz a capacidade de identificar e de resolver problemas de maneira inteligente. “A Europa, os Estados Unidos e a Austrália são os países em que o tema é mais avançado. O Brasil tem que sair do patamar do conhecimento e partir para patamares mais desafiadores. Devemos pensar nesse conhecimento como um sistema de gestão com diversas técnicas e conceitos, mas também como um componente social. Lean não pode ser encarado como algo a mais. Deve ser uma maneira diferente de perceber, pensar e agir na realidade”, salientou. "No ambiente hospitalar, o intuito da ferramenta é reduzir esperas, eliminar filas, diminuir custos e retrabalho."
Hospital São Camilo
Um dos hospitais brasileiros que adotou os conceitos de Lean Healthcare recentemente foi o Hospital São Camilo-Pompéia, em São Paulo, que o implantou primeiramente em seu pronto socorro. Esse trabalho começou em abril deste ano e agora, em novembro, chega à sua segunda fase. “Buscamos resultados dramaticamente melhores: sermos o melhor PS de São Paulo e do Brasil”, informou Alessandro Pimentel Rodrigues Silva. “Sabíamos que esse era um desafio ousado, mas que tinha um importante impacto na assistência”, disse.
O PS do Hospital São Camilo-Pompéia recebe cerca de 20 mil pacientes por mês. “Depois de mapearmos as atividades do PS, tivemos que entender a sua problemática”, afirmou Alessandro. Ele relatou que, naquele momento de implantação, o hospital passava por reformas, mudanças físicas, adaptação de áreas provisórias, passava pela implantação de um novo sistema de informática, entre outros fatores. Isso tudo era agravado por um surto de dengue que houve na Capital no mês de março e por um número elevado de reclamações ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) sobre o atendimento dos pacientes. Para passar pela triagem, demorava-se até uma hora. 

O hospital optou pela ferramenta do Lean. "Fizemos então um mapeamento da triagem segundo classificação de risco do paciente, mapeamos documentos, passamos a adequar o quadro de pessoal de enfermagem e médicos no PS, introduzimos um protocolo de atendimento segundo classificação por cores, redefinimos os papéis dos profissionais da triagem, estabelecemos metas para triagem até dez minutos, separamos o fluxo de atendimento, criamos um plano de contingência para atender na triagem a partir de 30 minutos de espera, fizemos adequação e estruturação da equipe de TI e melhorias no índice de satisfação dos pacientes. Também criamos novas especialidades para o PS, entre elas Geriatria e Infectologia”, expôs o representante do Hospital São Camilo.
Os primeiros resultados apareceram e, com as ações de melhoria, o hospital passou a monitorar os seus novos indicadores. Enquanto no mês de março, por exemplo, apenas 32% dos pacientes eram atendidos em até dez minutos, no mês de outubro mais de 90% dos pacientes conseguiram ser atendidos nesse mesmo tempo. A Rede São Camilo é uma das pioneiras na adoção do Sistema Lean no segmento hospitalar brasileiro e já alcançou uma economia em processos em torno de 2 milhões de reais e um aumento de até 30% em produtividade.
A Rede está implantando a metodologia nas suas três Unidades: Pompéia, Santana e Ipiranga, com o apoio de cerca de 250 funcionários que foram treinados na metodologia Lean Six Sigma. No projeto-piloto, implantado no centro cirúrgico da Unidade Pompéia, a adoção do sistema gerou a eliminação de etapas desnecessárias no processo da cirurgia, o que fez com que o intervalo de tempo entre as cirurgias caísse de 1h30min para 30min, liberando para o hospital o equivalente a cinco salas cirúrgicas no horário nobre (7h às 19h).

Enfermagem UNICAMP tem trabalhos premiados em congresso

11/11/2015 - 15:50

  • Professores e alunos da Enfermagem no Congresso
  • Estande da Unicamp
  • Um dos trabalhos premiados
Professores e alunos da Enfermagem no Congresso
Professores e alunos da Enfermagem no Congresso
Professores e alunos da Faculdade de Enfermagem (FEnf) da Unicamp participaram do “67º Congresso Brasileiro de Enfermagem” (CBEn) realizado entre 27 a 30 de outubro de 2015 no Centro de Convenções Anhembi em São Paulo capital. O CBEn contou com cerca de 4000 inscritos de todos os estados e 168 palestrantes. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e teve como tema – “Para onde caminha a Enfermagem Brasileira?”. Durante o congresso também ocorreu o “4º Colóquio Pan Americano de Historia de Enfermagem”.
A FEnf apresentou 45 trabalhos científicos na forma de pôster e comunicação oral. Dentre eles dois foram premiados: “Carga de trabalho de enfermagem em transplante de célula-tronco hemapoéticas - uma coorte” de autoria de Juliana Bastoni da Silva e Silva Regina Secoli e “Experiência de luto dos pais acerca da morte do filho neonato: revisão integrativa", de autoria de Larissa Rodrigues, Antonieta Keiko Kakuda Shimo, Elenice Valentim Carmona, Maria Helena Baena de Moraes Lopes e Claudinei José Gomes Campos.
Dos 30 cursos ministrados, três foram oferecidos por professores da FEnf e alunas do curso de pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Unicamp. “O brinquedo terapêutico na assistência de enfermagem a criança e família: uma tecnologia de cuidado avançado” foi ministrado pela docente Luciana de Lione Melo entre outras professoras. “Modelo de gestão Lean Helth Care” foi dado pelas alunas Alice Sarantopoulos e Gabriela Salim Spagnol, e “Curso teórico prático de nutrição parenteral e enteral” ofertado pela professora Maria Isabel Pedreira de Freitas entre outras docentes.
“Contamos ainda com a participação de 20 alunos que foram monitores dando apoio às atividades de forma integral com muito compromisso”, afirmou a professora Maria Silvia Vergilio, que é também presidente da regional Campinas da ABEn. Ela ressaltou ainda a participação das alunas Gabriela Spagnol e Andiara Bianchi Bruscagin Pin, com o grupo Circo&Cena, na apresentação artística com acrobacias em tecido na sessão de abertura do evento.
Durante o congresso dois livros foram lançados: “O que é este tal de Lean HealthCare?” de autoria de Li Li Min, Alice Sarantopoulo, Gabriela Spagnol e Robisom Calado e “ A história do Departamento de Enfermagem do Hospital de Clinicas da Unicamp” de autoria de Wilma Aparecida Nunes e Maria Itayra Padilha. A UNICAMP tinha um estande montado para divulgação da Faculdade de Enfermagem e também as festividades dos 50 anos da universidade.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Audiência na Câmara debaterá PL que regulamenta profissão de cuidador de idosos


Audiência Pública será realizada na terça-feira, 3/11

A Câmara dos Deputados realiza na próxima terça-feira (3/11), a partir das 14h30 (Anexo II, plenário 07), audiência pública para debater o Projeto de Lei 284/2011 (PLS 284/2010), que regulamenta a profissão de cuidador de idosos. O projeto, já aprovado no Senado, elenca as atribuições e a formação dos cuidadores. A ocupação já é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sob a classificação N. 5162-10.
“Somos favoráveis à regulamentação, que garante direitos e estabelece parâmetros para a atuação dos cuidadores, mas entendemos que os cuidadores de idosos devem atuar em residências e nas instituições de longa permanência, sem invadir prerrogativas dos profissionais de Enfermagem. Estender a atuação para unidades de Saúde e equipes do Saúde da Família representaria um retrocesso e um risco à Saúde Coletiva”, afirma o presidente do Cofen, Manoel Neri.
O Cofen atuou ativamente junto ao Senado para reverter proposta que ampliava a atuação dos cuidadores de idosos para o âmbito das unidades de saúde e na área da assistência. Os profissionais de Enfermagem passam por formação mais longo e rigorosa, estando plenamente habilitados para cuidados nestas instituições.
Mantidas as atuais tendências, em 2050 o Brasil terá uma população de 63 milhões de pessoas com mais de 60 anos, segundo projeções do IBGE. O número corresponde a 164 para cada 100 jovens, uma inversão do atual predomínio de adultos jovens na população brasileira.
Fonte: Ascom - Cofen