quinta-feira, 22 de junho de 2017

Fórum Nacional de Enfermagem debate unidade da profissão


Pouca representatividade política dificulta avanço das pautas de interesse da Enfermagem, avalia o fórum.

Promover a união da Enfermagem nos estados é uma das metas acordadas pelas organizações integrantes do Fórum Nacional de Enfermagem, reunidas nesta terça-feira (20/8), na sede do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen().  O fórum debateu estratégias para fortalecer a luta pela jornada de 30h semanais e pela aposentadoria especial.
“Vamos intensificar as ações junto ao Ministério da Saúde e o Congresso Nacional. Precisamos multiplicar interlocutores, garantindo a representatividade política da Enfermagem”, afirmou o conselheiro federal Luciano Silva, que conduziu a reunião. “O cenário político desfavorável exige ainda mais coesão da Enfermagem”, avaliou.
Fortalecer os canais de comunicação e a presença nas redes sociais é fundamental para mobilizar os profissionais e pressionar por mudanças, avalia o fórum. O assessor de Comunicação do Cofen, Neyson Freire, apresentou propostas para o aperfeiçoamento dos canais existentes e para comunicação integrada do fórum.
30h – Diante da demora da Câmara dos Deputados em votar o PL 2295/2000, que regulamenta a jornada de trabalho dos profissionais de Enfermagem em 30h semanais, as organizações integrantes do Fórum têm articulado aprovação de leis municipais e estaduais. Mais de cem municípios e dez estados brasileiros já estabeleceram a jornada de trabalho de 30h para profissionais de Enfermagem, conforme dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Aposentadoria Especial – O Fórum articula mobilização nacional para incluir, na Reforma da Previdência, a aposentadoria especial para os profissionais de Enfermagem. A inclusão daria força constitucional à aposentadoria especial para a Enfermagem, que já é objeto de projeto de lei em tramitação no Senado. Aprovado na Comissão de Assuntos Sociais neste mês de maio, o PLS 349/2016 estabelece a aposentadoria especial para todos os profissionais de Enfermagem, reconhecendo os riscos biológicos e físicos inerentes à profissão.
Sobre o Fórum – O Cofen assumiu, em abril, a coordenação do Fórum Nacional de Enfermagem, que articula a mobilização em favor de pautas relacionadas à valorização profissional. Criado em torno da luta pela jornada de 30h, o fórum é composto pelas entidades representativas da Enfermagem brasileira, incluindo o Cofen, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Associação Nacional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (ANATEN) e Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem (ENEEnf).
FONTE: Portal Cofen

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Cofen publica nota técnica sobre administração da Penicilina Benzatina

21/06/2017

Documento reforça importância da administração da Penicilina Benzatina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para conter avanço da sífilis.






O Conselho Federal de Enfermagem publicou, neste terça-feira (21/6), nota técnica sobre a importância da  administração da penicilina benzatina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente para o tratamento da sífilis adquirida e sífilis na gestação.
Único medicamente comprovadamente capaz de atravessar a barreira placentária e prevenir a sífilis congênita, a penicilina benzatina  pode ser administrada por profissionais de Enfermagem no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de Enfermagem. A nota técnica afirma, ainda, que ausência do médico na Unidade Básica de Saúde não configura motivo para não realização da administração oportuna da penicilina benzatina por profissionais de Enfermagem.
“A Enfermagem tem um papel fundamental no controle da sífilis. Os riscos do não-tratamento superam, e muito, o de ocorrências adversas”, afirma o conselheiro federal Vencelau Pantoja. O Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis congênita, que que pode provocar complicações graves, inclusive cegueira e morte do bebê, teve um aumento de 19%.
Enfermagem no enfrentamento à sífilis – O Cofen é parceiro do Ministério da Saúde na luta contra a epidemia. Parecer normativo aprovado em setembro de 2016 atualiza as normas para a realização do testes rápidos, facilitando a detecção da sífilis e outras doenças. Utilizados para triagem, os testes são de fácil execução, não exigem infraestrutura laboratorial e ficam prontos em até 30 minutos. A difusão do teste rápido precisa ser acompanhada da ampliação do tratamento. O encaminhamento para unidades de referência distantes representa uma barreira de acessibilidade, dificultando o tratamento, que, nos casos da sífilis em gestantes, é de máxima urgência. É essencial o tratamento imediato da gestante e seu parceiro, tão logo seja identificada a doença.
Fonte: Ascom - Cofen