segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Os sintomas depressivos nos enfermeiros dos serviços de emergência na rede pública de saúde

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(traduzido) Pesquisadores do Grupo de Estudos Interdisciplinares e Pesquisa em Saúde Mental (GEPISM, Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo) realizaram um estudo sobre os sintomas depressivos em enfermeiros que trabalham nos serviços públicos de emergência em Presidente Prudente, SP, Brasil. Este artigo foi publicado na Acta Paulista de Enfermagem.

Este estudo reforça a evidência de que o trabalho no campo da saúde é um factor determinante para o desenvolvimento de distúrbios psicológicos. Os dados deste estudo foram publicados em 2014, e alertou os profissionais de saúde para o processo saúde-doença desenvolvida no trabalho, especialmente em unidades de emergência. Existem poucos estudos brasileiros nesse campo, eo novo conhecimento trouxe luz sobre o assunto.
Três escalas, que são instrumentos confiáveis ​​amplamente utilizados em todo o mundo para a avaliação de sintomas depressivos, foram usadas para recolher informação. Os dados foram obtidos em entrevistas, pedindo aos profissionais que fatores foram relacionados com os resultados nas escalas. Enfermeiros (23) que trabalharam durante pelo menos 6 meses no serviço participaram do estudo. Eles eram de um hospital público (6), um hospital filantrópico (3), e quatro prompt Unidades de Cuidados Médicos Municipais (14).
Os resultados mostraram que os entrevistados eram mulheres (69,9%), e parte deles mencionou ter outro emprego (52,2%). Suas horas de trabalho foram maiores do que 60 horas por semana (34,8%) e negavam diagnóstico prévio de depressão (15; 65,2%). Usando as escalas, enfermeiros (13; 56,52%) que não relataram diagnóstico prévio de depressão foram diagnosticados com depressão e aqueles que relataram diagnóstico prévio de depressão foram diagnosticados com leve (50%), moderada (25%), ou grave (25%) a depressão. Enfermeiros (15; 39,13%) que negavam história familiar de depressão foram diagnosticados com depressão.
Em relação à percepção sobre estes resultados, os entrevistados (21; 91,30%) em relação a eles as suas experiências no trabalho, com destaque para a sobrecarga de trabalho, carga excessiva de trabalho, o desgaste, a preocupação com o trabalho, a remuneração pobre, desvalorização profissional, falta de reconhecimento e falta de boas condições para o trabalho. A maioria dos enfermeiros afirmaram que o sofrimento como relatado ou detectado não influenciou a assistência fornecida.
Perante esta situação preocupante e à necessidade de evitar o agravamento dos sintomas, todos os entrevistados foram aconselhados a acompanhar o progresso dos sintomas e possivelmente procurar um serviço profissional, além de propor mudanças no seu ambiente de trabalho. No entanto, devido à gravidade da situação, as enfermeiras diagnosticadas com sintomas de depressão moderada e grave foram encaminhados para atendimento em serviços especializados.
Este estudo revela a necessidade de intervir nas condições de trabalho, periodicamente avaliar a saúde dos profissionais, e agir terapeuticamente em presença de alteração, a fim de promover a saúde desses profissionais e prevenir problemas e agravos à devido à prática profissional. Além dos benefícios para os enfermeiros, a melhoria ocorrerá em qualidade dos cuidados que podem fornecer.
Fonte: Acta Paulista de Enfermagem

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